A renomada revista Nature publicou em abril de 2025 um estudo britânico que chamou atenção da comunidade científica. A pesquisa analisou mais de 280 mil idosos no País de Gales e concluiu que a vacinação com a vacina viva atenuada contra herpes-zóster (Zostavax) esteve associada a uma redução de 20% no risco de demência, principalmente em mulheres.
O que faz esse estudo ser tão robusto?
Foi utilizado um “experimento natural”: apenas pessoas com 79 anos em setembro de 2013 eram elegíveis à vacinação. As que completaram 80 anos poucos dias antes ficaram de fora — criando grupos de comparação extremamente semelhantes — cujo único diferencial foi o acesso à vacina. Isso permite uma análise mais confiável dos efeitos da imunização.
Os resultados e a diferença entre gêneros
A pesquisa revelou uma redução relativa de 20% no risco de demência ao longo de sete anos. Além disso, observou-se 37% de redução nos casos de herpes-zóster entre os vacinados. O efeito protetor foi mais pronunciado entre as mulheres, possivelmente devido a respostas imunológicas mais robustas.
O que ainda precisamos saber
É importante destacar que, por ser um estudo observacional, não é possível afirmar com certeza causa e efeito. Fatores de estilo de vida ou acesso à saúde podem influenciar os resultados, apesar dos controles rigorosos aplicados pelos pesquisadores.
E ainda não se sabe se a vacina recombinante (Shingrix), mais moderna e utilizada atualmente, possui os mesmos efeitos protetores contra demência — já que o estudo analisou a vacina viva atenuada.
Por que esse estudo é relevante para a Vmais Vacinas e para você
- Vacinação como autocuidado inteligente: Além de prevenir herpes-zóster e suas complicações, esse possível benefício cognitivo fortalece a importância da imunização na proteção a longo prazo.
- Conscientização ampliada para mulheres e idosos: A maior eficácia observada nas mulheres destaca como a vacinação pode ser ainda mais estratégica nesse grupo.
- Alinhamento com práticas de saúde preventiva: A Vmais Vacinas valoriza a proteção total — corpo e mente — em todas as fases da vida.
Conclusão: o que fazer agora?
Ainda que os resultados do estudo sejam promissores, são necessários mais ensaios clínicos para confirmar o efeito preventivo da vacina contra demência. Enquanto isso, a recomendação mantém-se clara: vacine-se contra herpes-zóster se você tem 50 anos ou mais (ou é portador de fator de risco), seguindo as orientações médicas atuais
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